Na minha época de faculdade (há muito tempo atrás), eu sempre ia no Style Gospel Boy (Estilo Moço Evangélico). Na boa, eu havia acabado de voltar para a casa do pai. E já queria gritar ao mundo que Ele transformou minha vida, havia feito de mim nova criatura e que era visível essa muda (ver H.C 111). Era tão natural estar engomado que nem notava os olhos alheios e o burburinho que se levantava ao meu passar(tempos depois me contaram). Eu não me juntava à roda dos fanáticos religiosos que brigavam por provar que eram crentes, mas na quinta e na sexta-feira estavam nos barzinhos ou matavam a aula pra ir em festinhas nas repúblicas. Meu forte era estar no meio da galera que curtia o Heavy Metal e Punk Rock, que levei alguns meses para conquistar a confiança. Escutar Petra e Pod (bandas de metal gospel) era a porta de entrada para uma amizade com essa galera, que esbanjava intelectualidade e simpatia. Cabelinho com gel, camisa social e calça de linho não me fizeram menor e nem menos aceito, pelo contrário, era contraditório estar não estar com a tribo dos religiosos, mas era interessante escutar da própria galera do Metal que sempre tiveram vontade de saber um pouco mais do "Cara lá da Cruz". Perguntava como era o "lance" do cara que morreu, viveu de novo e virou mito. Também se eu era obrigado a usar aquela roupa e não ir beber uma "ceva" com eles no barzinho. Se eu realmente falava com Ele em oração e não tinha receio de estar falando sozinho. Coisas do tipo que eu respondia com humor e pedindo a Deus para dar-me sabedoria suficiente para levá-los de encontro a Palavra.
Na época conheci um Louvor da Banda Cem que falava "Não importam o que vão pensar de mim... Eu quero é Deus". Nunca banalizei a prática dos novos companheiros de Faculdade, afinal eu aprendia muito com eles. As minhas vestes e o meu carácter cristão falavam mais que qualquer pregação. Pouco tempo depois muitos jovens passaram a buscar a minha amizade para falar que estavam desviados ou que precisavam de uma palavra de conforto.
Terminei a Faculdade, o Senhor me honrou com o título tão esperado e uma consciência limpa de haver dado bom testemunho da minha fé.
Foram muitas histórias um pouco loucas. Com essas experiências pretendo contar a essa juventude cristã que a cada dia tem a oportunidade de ir mais além nos estudos ou em suas carreiras. Que vale a pena ser um Style Gospel Boy ou uma Style Gospel Girl.
"É bom que o mundo veja em ti a luz e sinta em ti o sabor do sal. Que tu clareies o caminho da Salvação e dês sabor a vida de muitos oprimidos" (M.A)
Deus seja com vocês.
Millennar.
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